A publicidade é mesmo a alma do negócio?

A publicidade é mesmo a alma do negócio?

Caro leitor, a partir de agora o convido a refletir essa frase:

E se as empresas falassem a verdade? (Antipropaganda)

“O que a gente pode fazer por você hoje?”. Com essa pergunta, a nova publicidade do Banco Santander anuncia uma “mudança” no formato de comunicação que estamos acostumados a ver dos bancos para abordar temas atuais, como a crise econômica e o empoderamento feminino.

Segundo o Banco, a campanha lançada em março de 2016, tem como objetivo chamar nossa atenção para a sua nova promessa. Ela está muito bem amarrada ao novo posicionamento e chama a atenção justamente por se diferenciar em meio aos concorrentes pela nova abordagem.

No entanto, não podemos deixar de nos fazer perguntas chaves:

Essa abordagem realmente reflete uma mudança de posicionamento da marca ou é só mais um blá blá blá criado por uma agência de publicidade?
O Banco está realmente preocupado com o empoderamento feminino ou apenas quer tirar vantagem do movimento social?
Por acaso o Santader comunicou alguma ação que irá reduzir os juros por exemplo, para aliviar os bolsos dos seus clientes no momento de crise?

Se você ainda não viu a essa campanha do Banco Santander, é importante entender um pouco melhor sobre ela antes de entrarmos numa análise mais profunda.

São quatro filmes comerciais apoiados por ações em redes sociais, mídia impressa, outdoors e rádio com narração do ator Lázaro Ramos, sem trilha sonora. A campanha aborda assuntos atuais e de grande repercussão no Brasil.


Leia sobre Branding: posicionamento, marca e empresa


A linha tênue da publicidade

Será que o papel da publicidade, ainda nos dias de hoje, está limitado única e exclusivamente à ideia de compre isso e seja mais feliz…? Não deveria haver por trás disso uma preocupação em transformar a sociedade e gerar reflexões reais sobre assuntos importantes?

Muitas marcas já perceberam que os antigos formatos de comunicação não são mais efetivos e os consumidores, cada vez mais, rejeitam empresas que não prezam pelo bem-estar, sustentabilidade e questões sociais.

No entanto, há uma linha muito tênue entre propor reflexões sobre questões relevantes e aproveitar a “onda” do assunto do momento para conquistar maior visibilidade. Diga-se oportunismo. Não que a empresa precise ser condenada a princípio, desde que sustente a mensagem e faça disso um propósito. O contrário é ela se sujar com sua própria lama.

A campanha Retratos da Real Beleza, da Dove, com certeza é um caso marcante e de sucesso nesse sentido.

Muito mais do que promover os produtos da marca, a Dove conseguiu questionar os padrões de beleza e incentivar toda uma geração de mulheres a se aceitarem e enxergarem seu valor.

Incentivadas pelo sucesso dessa campanha e pelas novas exigências dos consumidores, muitas marcas tem tentado propor novas abordagens para a sua comunicação para se posicionarem como empresas conscientes e preocupadas com a sociedade. Um bom exemplo disso é a OMO Porque se sujar faz bem.

No entanto, o que muitas marcas acabam se esquecendo é que uma série de comerciais bonitos, plastificados e com atores famosos não são nem perto de serem suficientes para colaborarem com as mudanças que as pessoas realmente querem ver.

O que realmente importa

De que adianta um banco tentar se mostrar preocupado com questões atuais se, na prática, não há respeito com o cliente e nem melhoria nos serviços e atendimentos? Será que esse tipo de comunicação, como a nova publicidade do Banco Santander, é suficiente para validar uma mudança de postura ou para tirar proveito de um contexto atual? Reflita!

A grande reflexão que fica disso tudo é que as marcas precisam parar de tentar mostrar que se importam para realmente se importarem.

Do que adianta uma publicidade mostrar empoderamento feminino se sua empresa é machista e seus colaboradores não estão preparados para sustentar essa mensagem, por exemplo? Com certeza, seus clientes irão perceber isso e não se sentirão seguros ao confiar em seus serviços.

Quer ver um excelente exemplo de como as pessoas se manifestação ou se posicionam diante de alguma suposta propaganda enganosa? Veja o vídeo abaixo e em seguida esse artigo sobre a treta da Hamburgueria Zebeléo da Bel Pesce e tire suas próprias conclusões. Deixo também esse link de uma entrevista recente dela se explicando no Pânico.

É bastante claro que o objetivo de toda publicidade é a vender um produto ou serviço. Porém, que as marcas assumam a responsabilidade daquilo que prometem e façam dessa promessa um motivo amarrado aos processos organizacionais, nos produtos ou serviços, atendimento ao cliente e, principalmente, na cultura da empresa.

O consumidor não é trouxa e campanhas bonitas que não estão alinhadas com a postura real do negócio, geram descredibilidade, ou seja, a pessoa vai saber que “há boi na linha”.

Espero que isso faça sentido para seus negócios. Quer me contar sua opinião sobre esse tipo de publicidade ou o que achou desse artigo? Entre em contato com gente através das nossas redes sociais: Facebook, LinkedIn e Twitter ou pelo meu LinkedIn. Terei um maior prazer em ouví-lo.

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Por Gean Roriz,
Seu Parceiro de Crescimento
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